Sandro Botticelli morreu em 1510, Florença. Ele foi um dos maiores pintores do Renascimento florentino. Seus “O Nascimento de Vênus” e “Primavera” são freqüentemente considerados como um exemplo perfeito para os observadores modernos do espírito do Renascimento.
Sandro Botticelli – O Nascimento de Vênus, 1485 ca., Gallerie degli Uffizi
Conhecida como “Nascimento de Vênus”, a composição mostra na verdade a deusa do amor e da beleza chegando em terra, na ilha de Chipre, nascida da espuma do mar e soprada ali pelos ventos, Zéfiro e, talvez, Aura. A deusa está de pé sobre uma gigantesca concha de vieira, pura e perfeita como uma pérola. Ela é recebida por uma jovem, que às vezes é identificada como uma das Graças ou como a Hora da primavera, e que segura um manto coberto de flores. Até as rosas, sopradas pelo vento, são uma lembrança da primavera. O tema da pintura, que celebra Vênus como símbolo do amor e da beleza, talvez tenha sido sugerido pelo poeta Agnolo Poliziano.
É altamente provável que a obra tenha sido encomendada por um membro da família Médici, embora não haja nada escrito sobre a pintura antes de 1550, quando Giorgio Vasari a descreve na Villa de Castello dos Médici, propriedade do ramo cadete da família Médici desde então meados do século XV. Essa hipótese parece ter nascido nas laranjeiras da pintura, consideradas um emblema da dinastia Médici, por conta da assonância entre o nome de família e o nome da laranjeira, que na época era ‘mala medica ‘.
Botticelli se inspira nas estátuas clássicas para a pose modesta de Vênus, enquanto ela cobre sua nudez com longos cabelos loiros, que têm reflexos de luz pelo fato de serem dourados; até mesmo os Ventos, o par voando no abraço um do outro, é baseado em um trabalho antigo, uma joia do período helenístico, de propriedade de Lorenzo, o Magnífico.
Imagem: Google Arts & Culture
O Nascimento de Vênus Sandro Botticelli, 1485 ca.
Da coleção de Galleria degli Uffizi
