Nos traços do vento, desenha-se o invisível,
Um murmúrio suave, uma dança imperceptível,
Nos contornos do silêncio, escuta-se o etéreo,
Vozes entrelaçadas no véu do mistério.
As cores se encontram na penumbra da alma,
Pinceladas sutis que a essência acalma,
No infinito etéreo, onde o tempo se dissolve,
Um abraço de luz que o espírito envolve.
Florescem em sonhos os jardins da mente,
Onde o efêmero é eterno, onde tudo é semente,
Nos espaços entre palavras, reside a beleza,
De um universo oculto na pura incerteza.
Sentimentos flutuam como plumas ao vento,
Em um balé de nuances, um sutil movimento,
E no abraço do agora, a eternidade se revela,
No íntimo abstrato, onde a vida se estrela.
Rute Mendes